terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Estudo questiona a frequência de consultas dentárias...



A hipótese de que as consultas preventivas realizadas duas vezes por ano são necessárias para todos os adultos é, geralmente, adotada na maioria dos sistemas de saúde no mundo. Atualmente, um novo estudo sugeriu que o benefício de uma consulta frequente depende, em grande parte, dos fatores de risco individuais para a doença periodontal. Para pacientes de baixo risco, não fumantes, por exemplo, uma visita ao ano pode ser suficiente.

No estudo, os pesquisadores da Universidade de Michigan avaliaram requerimentos às seguradoras de 5.177 adultos sem periodontite durante um período retrospectivo de 16 anos relacionados à perda de dente. Em adição, eles submeteram fatores de risco individuais (hábito de fumar, diabetes) e testaram o DNA dos participantes para diversas variações genéticas do interleukin-1 (IL-1), uma proteína associada à periodontite avançada, para determinar o risco de periodontite progressiva em cada paciente, que amplamente é associada à perda de dente.

Entre outras descobertas, os cientistas descobriram que entre os pacientes de baixo risco, definidos como não fumantes sem histórico de diabetes e sem o gene IL-1, a porcentagem de perda de dente associada às consultas preventivas duas vezes ao ano não foi significativamente diferente da porcentagem dos que vão apenas uma vez ao ano. Entretanto, para os pacientes de alto risco, ou seja, aqueles com no mínimo um dos três fatores de risco, as consultas preventivas duas vezes ao ano foram associadas à baixa taxa de requerimento. Eles estavam num risco significativamente alto de perda de dente e, por isso, solicitaram mais consultas preventivas.

A análise também indicou que duas consultas podem não ser suficientes para reduzir a perda de dente em pacientes com mais de um fator de risco. Nesses pacientes, as taxas foram 50% maior do que a dos pacientes sem ou com um fator de risco.

“O futuro dos cuidados com a saúde é a medicina personalizada”, disse o Dr. William Giannobile, diretor do Departamento de Periodontia e Medicina Bucal na Escola de Odontologia da universidade. “Há um grande potencial em oferecer tratamentos específicos para o paciente baseados não apenas em sintomas clínicos, mas também na inclusão dos fatores de risco genéticos para melhor identificar os riscos de doenças.”

O teste genético, que é a primeira ferramenta de prognóstico confiável e que identifica os pacientes com maior risco de periodontite, foi desenvolvido pela Interleukin Genetics, uma empresa que desenvolve testes genéticos para o uso no mercado ascendente da medicina personalizada. De acordo com a empresa, 1 em cada 3 norte-americanos possuem essa variação genética.

Cerca de 30% dos participantes do estudo (1.584) fizeram uma consulta preventiva anual e 70% fizeram duas. No geral, os custos para os cuidados dentais dos pacientes foram cerca de R$ 40 milhões.

Fonte: Dental Tribune


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