Uma enzima que pode ser utilizada como uma ferramenta poderosa no combate à doença de Alzheimer foi descoberta por pesquisadores da Clínica Mayo (EUA).
A enzima - chamada de BACE2 - destrói a proteína beta-amiloide, um fragmento tóxico de outra proteína que forma placas nos cérebros de pacientes com a doença.
A doença de Alzheimer é o mais comum distúrbio de memória. Apesar dos enormes danos causados pela doença, nenhum tratamento eficaz foi encontrado até hoje.
A equipe pelo neurocientista Malcolm Leissring fez a descoberta através de testes de centenas de enzimas que poderiam ter a capacidade de reduzir os níveis de beta-amiloide no cérebro.
A BACE2 reduz o acúmulo de beta-amiloide de forma mais eficaz do que todas as demais enzimas testadas.
A descoberta é interessante porque a BACE2 se relaciona, de perto, com outra enzima, a BACE1, que está envolvida com a produção de beta-amiloide.
"Apesar de suas estreitas similaridades, as duas enzimas têm efeitos completamente opostos sobre a beta-amiloide: a BACE1 dá, enquanto a BACE2 toma", diz Malcolm Leissring.
A proteína beta-amiloide é um fragmento de uma proteína maior, conhecida como APP (proteína precursora do amiloide).
Ela é produzida por enzimas que cortam a APP em duas oportunidades.
A BACE1 é a enzima responsável pelo primeiro corte, o que gera a beta-amiloide.
A pesquisa mostrou que a BACE2 corta a beta-amiloide em partes menores e, com isso, a destrói.
Apesar de haver outras enzimas conhecidas por quebrar a beta-amiloide, a BACE2 é particularmente eficiente nessa função, conforme revelou o estudo.
Fonte: Diário da Saúde