sábado, 30 de abril de 2011

Síndrome da Fadiga Crônica - SFC


Por definição a SFC pode ser conceituada como uma falta energia ou um cansaço generalizado, que não pode estar relacionado com a exaustão física, bem como com alguma doença clinicamente detectável, que possa ser um dos sintomas.
A SFC é mais comum nas mulheres (não se sabe a explicação), pode ocorrer em qualquer idade, bem como pode durar de seis meses até um ano. Cerca de 50% dos casos tem alguma ligação com estado psíquico, ou seja, é mais prevalente em pessoas estressadas, ansiosas e com depressão (atentem para este fato). Não é uma doença psiquiátrica.
O diagnóstico é muitas vezes difícil para o médico, pois se trata de uma condição sindrômica, de causa ainda desconhecida onde se deve inicialmente excluir todas as doenças que podem ter a “fadiga” ou o “cansaço” como queixas principais. Portanto a SFC é um diagnóstico de exclusão, ou seja, após descartar outras doenças podemos considerar a patologia em questão. Portanto uma boa anamnese, exame físico e a solicitação correta dos exames complementares são de fundamental importância.
Caso o médico não dê a devida relevância à queixa do paciente é comum observarmos que o mesmo faz uma verdadeira via crusis por consultórios e hospitais, pois pode ser confundida com diversas outras doenças, como: hipotireoidismo; doenças neurológicas; fibromialgia; depressão e outros distúrbios psiquiátricos. Exames atrás de exames, sem uma conclusão.
Uma forma de ajudar no diagnóstico desta síndrome é a dosagem do Cortisol e do DHEA no sangue, pois são de suma importância para “fechar” o quadro e iniciar o tratamento.
O tratamento é feito de forma individualizada, pois não há uma “receita de bolo” pronta para todos. O médico criterioso irá observar vários aspectos da vida desta pessoa, como: relações familiares, com a esposa e filhos, desempenho na vida escolar e/ou profissional, hábitos alimentares e de vida social, entre outros.
A diferença está na abordagem, onde é possível usar não só a Alopatia, mas também práticas como a Ortomolecular e a Fitoterapia, que nestes casos são o verdadeiro “LEVANTA DEFUNTO”. Perdoem-me a palavra, mas é isso que realmente ocorre quando tratamos o paciente com fadiga crônica. Há mudanças expressivas levando a uma melhora na qualidade de vida das pessoas.
Enfim, o importante é levar o paciente e suas queixas a sério, pois o impacto social e profissional pode ser determinante para esta pessoa, que muitas vezes é confundida como “preguiçosa” que não quer trabalhar, estudar ou produzir. De posse do diagnóstico o médico deve atuar como verdadeiro advogado destas pessoas, para que não ocorram injustiças.
Dr. Telmo Diniz
Médico graduado pela Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO)
Pós-graduação lato-senso em Medicina Ortomolecular pela Universidade Veiga de Almeida do Rio de Janeiro
Membro da Associação Médica Brasileira de Oxidologia (AMBO)
Atende como clínico geral com prática ortomolecular e anti-aging na Longevità - clínica e Spa Ortomolecular

Entrevista na Rede Globo sobre SFC: